Novas Tendências Renascentistas



 Em Portugal, a arte do renascimento foi aprofundando-se, consequentemente os elementos decorativos, tais como, os arabescos, grotescos, medalhões, são representados apenas em formas arquitectónicas essencialmente góticas. O que torna particular a arte em Portugal, é que foi introduzida por estrangeiros: Biscainhos e Galegos na região Norte; Franceses e Italianos, nas regiões Centro e Sul ( Principalmente em alguns locais bem distintos como Coimbra, Tomar, Lisboa, Évora e Portalegre.


Na arquitectura, o estilo Manuelino encara uma estrutura de edifícios nus, sem pormenores desnecessários nas paredes dos interiores e dos exteriores. Concentrando-se assim, esses elementos decorativos em determinadas estruturas, como nas janelas, nos portais, nos arcos de triunfo, nos tectos, nas abóbadas, nos pilares, nas colunas, nos arcos etc.


A escultura renascentista caracteriza-se pela concentração de retábulos (estruturas de pedra ou madeira, que se ergue na parte posterior do altar), imagens de santos e túmulos, onde é bem vidente duas fundamentais características: A proporção e o realismo
Perante uma grandiosa lista de artistas estrangeiros, Nicolau de Chanterenne (1517-1551) e João de Ruão (1528- 1580), distinguem-se com a sua participação em grandes edifícios, tais como o Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, Igreja de S. Marcos em Tentúgal, na Capela da Pena em Sintra, no Claustro da Manga no Mosteiro de Santa Cruz, no retábulo do altar da Igreja da Nossa Senhora da Misericórdia em Varziela, etc.


A pintura em Portugal, teve uma grande influência renascentista, devido a importação de obras da escola flamenga (Flandres). Esta influência expandiu-se na concepção do espaço, na ornamentação de arquitectura, e na representação da figura humana e da Natureza.